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A produção brasileira de aço bruto em setembro cresceu 9,9% em setembro sobre o mesmo período do ano passado, somando 2,842 milhões de toneladas, informou o Aço Brasil, entidade que reúne as usinas produtoras da liga no país, nesta quinta-feira.
Ante agosto, a produção caiu 4%, mas se manteve no mesmo nível desde que entrou em vigor em junho o sistema de cotas e sobretaxas sobre alguns produtos siderúrgicos importados, após meses de queixas do setor contra importações de produtos siderúrgicos no Brasil.
No acumulado de janeiro ao final do mês passado, a produção de aço bruto do Brasil subiu 4,4% na comparação com o mesmo período de 2023, para 25,2 milhões de toneladas, segundo os dados da entidade.
O crescimento da produção em setembro foi basicamente puxado pelos aços longos, que tiveram uma expansão anual de 23%, para 879 mil toneladas, em meio à ainda forte demanda do setor de construção civil do país.
Enquanto isso, os laminados planos, usados em setores como o automotivo e máquinas agrícolas, tiveram expansão de apenas 3,3% na produção de setembro sobre um ano antes, a 1,154 milhão de toneladas. O segmento foi o mais beneficiado pela proteção comercial decidida pelo Brasil mais cedo neste ano.
As importações de aço somaram em setembro 658 mil toneladas, uma expansão anual de 19,8% e acima das 646 mil toneladas de agosto, segundo os dados do Aço Brasil. Há meses, o setor vem afirmando que a China tem promovido esforços para exportar sua enorme produção excedente a preços muitas vezes abaixo do custo de produção.
No acumulado do ano, as importações mostram alta de 24%, para 4,6 milhões de toneladas. O volume é próximo da capacidade anual de produção da usina Ternium Brasil, no Rio de Janeiro, que é de 5 milhões de toneladas.
Segundo o Aço Brasil, as importações de aço em setembro atingiram o maior patamar da série histórica. Do total importado, 344 mil toneladas vieram da China, afirmou a entidade.
Além das importações, a queda nas exportações também pesou sobre a produção nacional no mês passado. As vendas externas de produtos siderúrgicos do Brasil caíram 15,5% em setembro sobre um ano antes, para 704 mil toneladas. No acumulado do ano, as exportações mostram recuo de 13%, com as usinas locais optando por concentrar a produção no mercado interno diante da pressão chinesa sobre os preços internacionais da liga.
As vendas de aço no Brasil em setembro somaram 1,89 milhão de toneladas, expansão de 14% na comparação anual, o que levou o acumulado a 15,89 milhões de toneladas, 7,4% acima das vendas de janeiro a setembro de 2023.
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