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Imigração e inacção
Mesmo não falando no que actualmente apresenta de desprezo pelos direitos humanitários básicos, a questão da imigração é um problema político grave, em que os erros cometidos têm sido o combustível que alimenta a extrema-direita, não só em Portugal como na Europa.
A regularização administrativa dos imigrantes é o primeiro passo para a sua integração, para a sua protecção dos mafiosos das redes de tráfico, mas também dos patrões nacionais que se aproveitam da fragilidade de gente que é maltratada ou mesmo vigarizada, mas, com medo de ser expulsa, come e cala. Quatrocentos mil processos de regularização pendentes demonstram sem margem para dúvidas que a extinção do SEF e a sua substituição pela AIMA, uma agência que nasceu sem recursos humanos suficientes, foi um enorme disparate do governo anterior, e um presente para a direita TikTok.
A falta de qualidade de um representante dessa direita, um antigo embaixador que se apresentou às eleições europeias, deixou no ar a pergunta: afinal que gente é esta que nos representa perante o mundo? De uma iniciativa promovida no Porto pela Causa Pública ressaltou uma evidência: a nossa rede consular contribui muito pouco para solucionar o problema da imigração pois passa um número ridiculamente baixo de vistos, apesar de o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) em 2023 ter um orçamento superior a 560 milhões de euros.
Não será tempo de pôr ordem no MNE, ou, tal como o seu antecessor, Paulo Rangel vai apenas concentrar-se no apoio a Zelensky, para também deste receber a condecoração da “Ordem de Jaroslav, o Sábio”?
José Cavalheiro, Matosinhos
A natureza humana
Tenho acompanhado por falar nisso o ‘folhetim’ gémeas, acontecimento que tem alegrado as redacções dos jornais escritos e falados e entretido o povo que diariamente assiste ao desenrolar desta ‘telenovela’ recheada de muitos bons ‘actores’ e não menos emoções. Entre amigos e amigas deste ‘comentador’ há os que defendem a mãe, os que defendem os políticos que, directamente ou não, vêm adensando o enredo, os que condenam uns e outros, tanto os primeiros como os segundos sempre com muita emoção e sentimento na defesa do amor maternal ou na (des)honestidade dos políticos. Eu, apesar de pouco assistir ao desenrolar do ‘circo’, também tenho opinião formada sobre este caso. Como pai que sou sei bem que tudo farão uns pais para poupar a vida ou o sofrimento dum filho como sei bem que tudo fará uma seguradora para poupar uns milhões na sua despesa. É assim a natureza humana.
Jorge Mônica, Parede
Método eleitoral para a AR
Muitos consideram necessário alterar o método eleitoral para a Assembleia da República porque o actual é injusto ao deixar muitos votos perdidos, estando a AR muito longe de ser um espelho dos eleitores. Avançam como solução o estabelecimento de círculos uninominais onde os eleitores escolheriam pessoas e não partidos. Será que quem propõe isto acredita que a estrondosa vitória dos trabalhistas no Reino Unido se deveu à escolha de candidatos muito bons e não ao facto de eles pertencerem ao Partido Trabalhista?
A proposta de um círculo único como o método mais capaz de ter uma Assembleia da República que seja um espelho do país já foi feita há uns anos atrás nas páginas do PÚBLICO por Nuno Garoupa, onde o único factor de ligeira distorção consistia em limitar a entrada na AR a partidos com pelo menos 2% dos votos.
Carlos Anjos, Lisboa
O Chega na Madeira
A viabilização do Governo da Madeira pelo Chega diz-nos várias coisas para o futuro. Depois da linha vermelha colocada pelo líder nacional André Ventura, da não viabilização do Governo de Miguel Albuquerque, os deputados do seu partido votaram de forma matemática para o viabilizar. Abstiveram-se três dos quatro deputados, e votou contra um. Este resultado mostra por um lado que a política do Chega é, naturalmente, aliada da política de direita do PSD na Madeira e por outro é um ensaio para o que poderá vir a acontecer no Orçamento do Estado para 2025, quer na Madeira quer no Continente. André Ventura, arvorando a sua pureza política contra o Governo PSD/CDS, mostra de forma clara esta forma mentirosa de viabilizar a política de direita destes partidos, ou não será?
Mário Pires Miguel, Reboleira
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