Cartas ao director

[ad_1]

Cavalos olímpicos

Ficamos a saber que a campeã olímpica britânica Charlotte Dujardin e o austríaco Max Kuhner batiam com varas nos cavalos para que estes tivessem melhor prestação. Adestrar é respeitar. O hipismo é a única modalidade olímpica com animais. Custa a admitir que esses atletas concorrentes de nomeada sejam recebidos com pompa e circunstância nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. “Com a paciência do campo e o amor do olhar/a precisão do cavalo é maior que o caminho/e tem em si todo o hálito da casa”, escreveu António Ramos Rosa.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

Crónica de Verão

Todos os anos é assim: se faz frio, está mau tempo; se está calor, o tempo está óptimo. Também há quem vocifere que ‘está frio ou calor de mais’. Mas existem felizardos que são nómadas muito endinheirados, procurando o clima que mais lhes convém em outras paragens. Os sedentários, esses, vivem o tempo/clima que a Natureza proporciona.

Este ano, de 2024, estão a decorrer os JO de verão, em Paris, onde os seres mais atléticos são capazes de ganhar tempo ao tempo em menos tempo, superando o que o comum dos mortais jamais fará. Aqui se vê que os seres humanos se superam sem se guerrearem. Portanto, para quê guerrear, se a paz, a alegria, o bem-estar comum estão tão perto de nós? Por fim, pensemos nisto: olhemos alguém de cima para baixo, somente para o ajudar a levantar-se.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

Lucros de 14 milhões de euros por dia?

O lucro apresentado pelos maiores bancos portugueses nos primeiros seis meses deste ano totaliza mais de 14 milhões por dia, sim, 14 milhões de euros por dia, o que se só é possível à custa dos elevados juros pagos pelos clientes, pelas elevadas e cada vez mais generalizadas comissões, pelo fecho de balcões e pelo cada vez menor número de funcionários nas diferentes agências dos diferentes bancos. Isto é imoral e os CEO desses bancos deveriam admitir que os lucros obtidos são fruto, não de uma excelente gestão, como pensam, mas sim dos elevados juros que cobram aos empréstimos que efectuam, aos miseráveis juros que pagam a quem lhes entrega as suas poupanças e ao elevado número de agências fechadas e consequente despedimento de trabalhadores. Assim é fácil, meus senhores. Assim é fácil! Não dá trabalho e dá milhões.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Lisboa, cidade sísmica

Lisboa, como todos sabemos, é uma cidade sísmica e devemos estar preparados para saber agir numa situação de catástrofe, sobretudo como agir nos primeiros minutos até chegarem os meios de socorro. Sensibilizar toda a população, os comerciantes e as empresas ou instituições locais para saberem o que fazer até chegarem os meios de socorro (bombeiros, ambulâncias, protecção civil) é muito importante porque são os agentes locais que sabem quem é vulnerável e quem habita no local.

Fundamental para além da formação e sensibilização local a ser feita regularmente e em toda a cidade, localmente, é efectuar simulacros para testar o sistema. A segurança de todos antecipa-se.

Luís Filipe Paisana, Lisboa

O IRS Jovem resolve alguma coisa?

Sendo um homem já entrado na idade, perguntei a jovens qualificados que políticas podiam levá-los a não emigrar apontando-lhes três hipóteses: 1 Poderem ter uma carreira profissional com perspectivas de evolução, incluindo (mas não só) de remuneração; 2 Ter preços de habitação, com qualidade aceitável, que possam pagar com a remuneração que têm e que perspectivem vir a ter; 3 Desfrutar do “IRS jovem” até aos 35 anos.

As respostas foram todas para a hipótese 1 e 2. Claro. Quanto ao IRS, eles nem sabem muito bem o que é isso, nem o garrote fiscal que isto pode representar, dados os baixos rendimentos que têm. Sendo assim, porque é que os governos não apostam em resolver os problemas 1 e 2 e apostam tudo (com um custo de 1000-1500 milhões ano!) na hipótese 3? Simples: a hipótese 1 não está nas mãos do Governo, mas sim dos “privados” que criam emprego; a hipótese 2 leva no mínimo 5-10 anos a ter efeitos visíveis e mais 5 a 10 até estar plenamente implementada, o que não é compatível com qualquer calendário eleitoral; a hipótese 3 é mais fácil, e é para já. Basta aprovar uma lei e abrir mão de umas centenas de milhões de receita e cá temos o apoio à não-emigração dos jovens.

O que vai acontecer é que perdemos a receita do IRS, mas os jovens vão continuar a emigrar, ao seu ritmo, assim que puderem. Não somos capazes de atacar os problemas a sério, na raiz dos mesmos, tome o tempo que tenha de tomar. Triste.

Fernando Vieira, Lisboa

[ad_2]

Source link